segunda-feira, novembro 20, 2006

"O EUmemismo"

Hoje Eu sou Eu.

Nunca mais serei mais Eu.

Eu nunca fui.

Eu que nunca soube
Ou Eu que conheci.
Eu que não conheço
E Eu que reconheço.

Eu enclausurada,
Eu desnorteada,
Eu que me perdi.

Eu que me achei,
Eu que me descobri.

Eu-ego!
Eu-cego?
Eu-nunca-mais!!!

Eu-hoje,
Eu-amanhã,
Eu-depois...

sexta-feira, novembro 17, 2006

EU QUERO!!! Será mesmo que eu quero???!!!

Sempre teve facilidade pra ter tudo que queria na mão, na hora que quisesse, e do jeito que quisesse, pois havia recebido esse dom, na verdade, não era um dom, era a qualidade proveniente do exercício de vários anos, desde que nasceu.
Culpado ou não vivia sua vidinha medíocre com tudo de melhor que podia ter, e tinha; Tinha, sempre tinha, porque ter e terá são conjugações que não lhe pertence, querer não é poder, meu amigo, às vezes parece que sim, mas não há poder na deficiência, e querer não pode transformá-la.
As prioridades, bem, essas a gente resolve num estalar de dedos basta querer, mas aquele diferencial, que não sei se você me entende, o que ninguém consegue identificar, muito menos definir como todo, sabe, aquelezinho que todos acreditamos existir e muitas vezes até sentir, está nessa pequena deixa entre querer é poder e querer é conquistar, mas é tudo igual?! Digo-lhe que não é mesmo, querer é poder é tão egoísta, que você pode até ter tudo que quiser, menos o que vem de graça, o que você não enxerga, e talvez nunca enxergará porque está tão obcecado pelo eu-quero-e-posso-e-vou, que vai mesmo, tão cego e confiante que nem percebe que no final não deu no mesmo, e nunca vai dar, pois O de graça é conquistado de maneira simples e natural, e a vaidade do poder é egoísta o suficiente para deixar-se caber.

terça-feira, novembro 14, 2006

Cinzeiro velho de mágoas

O tempo refletia exatamente a cor da minha vida no instante: cinza.
Cinza chumbo, cinza claro, mas nunca cores.
Se cinza é cor, Cinzeiro é caixão, fechado e enterrado.

Gotejava na telha do terraço, a chuva escorregava pela calha e caía exatamente sobre as cinzas perdidas no caminho, estas se desfaziam gota a gota, misturavam-se aos restos acumulados nas telhas e sumiam, o terraço agora era um Cinzeiro particular, onde ali ficavam esquecidos tantos brinquedos velhos, quanto o que naum servia mais.
A fumaça se perdia no tempo conforme esvaziava-se de mim, o whisky evaporava-se como qualquer "substancia" volátil, queimava, mas por um instante estaria fora de mim.

Foi-se, caixão finalmente fechado e enterrado.

“O grande prazer da vida é fazer o impossível” – O grande Profeta: ORKUT

quarta-feira, novembro 08, 2006