sábado, janeiro 26, 2008

mil-folhas de uma história.

Entre mil coisas nunca terminadas
mil-folho cola seca
em piso frio
nas listras que ainda não fiz
nas pedrinhas que ainda não colei
Nas feições do palhaço
do palhaço que não conheço
Na cama por arrumar
na disciplina acadêmica
estilete corta pulsos
em mil folhas de uma história.

domingo, janeiro 20, 2008

dia de faxina

um cheiro de incenso
para um antivírus
de computador

quarta-feira, janeiro 16, 2008

CSS.

dia
cansei desse
dormir
até o próximo
todo meu carinho
não mais meu
até
tempestade
e iceberg
tenho tudo
agora
seco

muito.

é como se estivesse, não
estou
e muito

muito chateada
com minha
frustração
chateada
com
minha
frustração
minha
frustração
minha(e só minha)
frustração
minha (e sozinha)
frustração

frus-tra-ção

ainda não choveu

Vem varrendo a tempestade
Copas de árvores
Folhas próprias valsam
A ventos desorientados

No cume do maciço
Espessa a nuvem gris
Sucumbem as brancas puras
No pálido triste de matiz

Jovens brotos relutam
Lutam por seu luto
Por secas e velhas
Apodrecidas em pêndulos

Antes do primeiro raio!

Antes do segundo raio...

O bolo celeste mistura-se
Em vapores labirínticos
Ingredientes vulgarizam-se
No início do infinito

Azul e amarelo
É quase reflexo das que valsam
O nublado avermelhado
Está prestes a confeitar.

sábado, janeiro 05, 2008

Preto.

Eu disse:
Preto!
Preto!
Preto!
Ele não conseguiu não olhar...
Desenvelopou sua cabeça
E me olhou como se eu usasse
nomes santos em vão.
Encaracolou-se e voltou a dormir.

Procurando Esperanças no Jardim

Contarei meus segredos
A cada anseio da tua loucura
Pois a minha ainda busca pelos teus
A ser re-velada.
A faísca da minha tristeza
"Curta-circuita"
Na fadiga do meu choro.
Evapora à frieza
Da minha luta sem plural
Em espinhos de ciclos de jogos de azar.
Estanca e espanta
A máscara estampada
De sorrisos do meu ego.
Minha flor brota
No delírio próprio semeado
Num solo adubado
Pelos restos dos outros.
Do resto de todos.