quarta-feira, julho 27, 2011

Opção

Sangro no vinho que derramo garganta abaixo
Afogando gritos que tenho que calar
Furam -me os espinhos de culpas e desculpas
Sinto muito sem querer ser mártir nem algoz
Mas as cartas que tirei foram de infortuna
Nesse carteado jogado sem cartomante pra ler minha sorte.

quarta-feira, julho 20, 2011

Vácuo

Quero te dizer
exatamente
o que quer
ouvir
Mas não quero
ter que assumir
se é
verdade

Drama

Somos máscaras teatrais
Nesse drama sem palco
Somos estrelas anônimas
Sob o holofote da moralidade

Se somos protagonistas
E donos de nossas falas,
Nosso público nos quer
Dirigir roteiros clichês

Não queremos aplausos
Nem as duras críticas
Atuamos pela paixão
De nosso enredo apenas

É a química do ato
Que se encaixa em nossas bocas
Em nossos sorrisos e
Dessorrisos da realidade

Nos lemos sem falas decoradas
E nos perdemos em nosso próprio tempo
Pois cada apresentação
É exclusividade da nossa ação