quarta-feira, junho 01, 2011

Sylvia

Todo dia venho. Todo dia vinho. Todo dia veneno.

Amar

Sou infinito dentro da minha mortalidade
Sou verbo líquido e psicopata
Livre de ritos, sou o mito que te mata
De amor

Sou dono do tempo
Pessoas acorrento
Em canto agourento
E afogo no fundo do mar

Meu peso ancora no teu peito
Dizem-me perfeito
Mas só me têm a maltratar

Sou precoce e selvagem
Domar-me é sabotagem
Meu direito exclusivo é a transitividade

Sou ar para todos que respiram
O mesmo de todos
O mesmo para todos

Aprisionar-me, todos querem
A garantir uma falsa sobrevivência

Sou marido da carência
E amante da demência.