terça-feira, dezembro 20, 2005

"Doce, doce, doce, a vida é um doce..."

Todo doce após o último pedaço, gosto amargo, ora suave ora quase que indigesto, dependente da douçura que carregua em seu paladar, no caso, o quanto amargo pode-se suportar com esse contraste todo. A maior parte dos amargos se desfazem após um copo d'água e a vontade de comer outro pedaço só é impedida se já estiver enjoado, ter mais uma vez a sensação de perfeição, e de que a felicidade é uma colherada que você mesmo guia, um destino seu, mas também uma ilusão de que aquele gosto delicioso irá durar para sempre. Outros amargos se entranham por entre saliva e gula. Esses não se desMancham por dias, nem mesmo com dez mil copos d'água, permanecem no fundo da lembrança como um anticorpo contra os próximos doces a serem servidos.

Um comentário:

Nádia Vitor disse...

Gostei muito do que li... as marcas ficam...Lindo! Bj