Pode deitar ali, essa noite é dela
Amanhã é da outra
E depois? Ainda não decidi.
Amor ameno alento a menos
Desperdicei-me em prazeres
No sentir de serpente
O venenoso de repente
E você brinca,você brinda
Se esforça e faz dela forca
Que me enforca
A ser a espera da sua demora
Do fogo faz-me sua estopa
Da vergonha que não tem roupa
Dessa fugitiva esconde a proa
Agora assopra para que não doa
Me atordoa enquanto cora
Decidindo no cara e coroa
Ir embora sem demora
Pela janela, bate a porta
E sem dar um adeus
Assopra a vela lá de fora
Pra um episódio estar fechado
Ele precisa, necessariamente,
Ter sido aberto um dia
Mas o fechado vem antes do abrir
Vamos dividir, pois não me esqueci
Apenas não lembrei que existiram
Enquanto isso sorrisos teus acharei forçados
Pois vou de encontro à dor
Que você perdeu por aí
Não dá porque não deu
Dizemos que passou
Pra tudo que se perdeu
Tudo que eu achei outro dia desses
E quis perder de novo do meu eu
De um momento seu
domingo, março 01, 2009
Quem
[vê cara]
Quem se olha muito no espelho
Não vê que os outros também têm reflexo
Só admira a rosa vermelha
E da branca não sente o cheiro
Quem vê é cego pra quem
Enxerga, não ouve
Não sente, mas julga
Centenas de cabeças às suas sentenças
Quem pára pra pensar
Não namora correr riscos
Habita o perigo maior de ser pensado
Como de quem sonha demais
E deslembra do pesadelo da fome
Dos anseios de um só nome
Medo
Abrir a porta custa caro
Se a deixa trancada quando vão embora
Desapareceram apagando a luz
E era uma vez um esquecimento
No sono da claridade acesa
A você, que ficou acordado
Aquém de quem anda descalço
Acompanhando o caminho
Na companhia de seus calcanhares
Diante do mundo todo
Superlotado da fé em alguma coisa
Conformados na esperança de se consolar
Pois quem cala, sente
Cortar-se com os gritos presos
Em uma fuga em massa
Do urro que fere
A paz do sonífero silêncio
Que flutua e vai com o vento
Num vôo mais alto do que pode
Em queda-livre a um mergulho fundo
Tolhido da luz do sol
De abraço às trevas de quem sofre
Com o dó próprio a culpar terceiros
A sentir o lábio formigar
Na expectativa de que a lágrima corra
Como quem chora em demora
Do lembrar, do quê em ti mora
Forçado a compartilhar seu egoísmo
Aguardando aplausos de altruísmos
Alheios de quem foi ignorado
Implorando maior atenção
Quando este já não o está
Suicida-se com a solidão
À espera do céu em que apodrece
No inferno da terra temperado
Com cores de flores vestidas do preto
Que não tem mais vida
Só o amargo.
[não vê coroa]
Quem abre a porta
Não se importa se a deixa
Trancada quando se vai embora
Quem apaga a luz
Cai no esquecimento do sono
Ao deixá-la acesa
Pra quem fica acordado
Quem mergulha fundo
Abraça as trevas do dó próprio
De não ver a luz do sol
Quem se olha muito no espelho
Não vê que os outros também têm reflexos
Quem anda descalço
Caminha acompanhado
Da solidão a seus pés
Diante do mundo todo
Quem sonha demais
Deslembra do pesadelo da fome
Dos desejos de um só nome
Quem vive de brigas
Só tem a compartilhar seu egoísmo
Esperando altruísmos alheios
Quem tem fé em alguma coisa
Se conforma com a esperança de se consolar
Quem morre a espera do céu
E apodrece no inferno da terra
Temperado com cores de flores
Vestidas do preto que não há mais vida
Quem chora em demora
Lembra do quê em ti mora
Quem voa mais alto do que pode
Cai em queda-livre
Quem vê a cor da rosa vermelha
Não sente o perfume da branca
Quem pára pra pensar
Não gosta de correr riscos
O perigo maior é viver pensando
Quem sente o lábio formigar
Espera que a lágrima corra
Quem se cala
Corta-se com os gritos presos
Em uma fuga em massa
Quem grita
Assusta a paz do sonífero silêncio
Que flutua e vai com o vento
Quem vê
Não enxerga, não ouve
Não sente
Mas julga, centenas de sentenças
Quem ignora
Espera atenção maior do que o ignorado
Quando este já não o está
Quem sofre, sente pena de si mesmo
E culpa terceiros
Quem se olha muito no espelho
Não vê que os outros também têm reflexo
Só admira a rosa vermelha
E da branca não sente o cheiro
Quem vê é cego pra quem
Enxerga, não ouve
Não sente, mas julga
Centenas de cabeças às suas sentenças
Quem pára pra pensar
Não namora correr riscos
Habita o perigo maior de ser pensado
Como de quem sonha demais
E deslembra do pesadelo da fome
Dos anseios de um só nome
Medo
Abrir a porta custa caro
Se a deixa trancada quando vão embora
Desapareceram apagando a luz
E era uma vez um esquecimento
No sono da claridade acesa
A você, que ficou acordado
Aquém de quem anda descalço
Acompanhando o caminho
Na companhia de seus calcanhares
Diante do mundo todo
Superlotado da fé em alguma coisa
Conformados na esperança de se consolar
Pois quem cala, sente
Cortar-se com os gritos presos
Em uma fuga em massa
Do urro que fere
A paz do sonífero silêncio
Que flutua e vai com o vento
Num vôo mais alto do que pode
Em queda-livre a um mergulho fundo
Tolhido da luz do sol
De abraço às trevas de quem sofre
Com o dó próprio a culpar terceiros
A sentir o lábio formigar
Na expectativa de que a lágrima corra
Como quem chora em demora
Do lembrar, do quê em ti mora
Forçado a compartilhar seu egoísmo
Aguardando aplausos de altruísmos
Alheios de quem foi ignorado
Implorando maior atenção
Quando este já não o está
Suicida-se com a solidão
À espera do céu em que apodrece
No inferno da terra temperado
Com cores de flores vestidas do preto
Que não tem mais vida
Só o amargo.
[não vê coroa]
Quem abre a porta
Não se importa se a deixa
Trancada quando se vai embora
Quem apaga a luz
Cai no esquecimento do sono
Ao deixá-la acesa
Pra quem fica acordado
Quem mergulha fundo
Abraça as trevas do dó próprio
De não ver a luz do sol
Quem se olha muito no espelho
Não vê que os outros também têm reflexos
Quem anda descalço
Caminha acompanhado
Da solidão a seus pés
Diante do mundo todo
Quem sonha demais
Deslembra do pesadelo da fome
Dos desejos de um só nome
Quem vive de brigas
Só tem a compartilhar seu egoísmo
Esperando altruísmos alheios
Quem tem fé em alguma coisa
Se conforma com a esperança de se consolar
Quem morre a espera do céu
E apodrece no inferno da terra
Temperado com cores de flores
Vestidas do preto que não há mais vida
Quem chora em demora
Lembra do quê em ti mora
Quem voa mais alto do que pode
Cai em queda-livre
Quem vê a cor da rosa vermelha
Não sente o perfume da branca
Quem pára pra pensar
Não gosta de correr riscos
O perigo maior é viver pensando
Quem sente o lábio formigar
Espera que a lágrima corra
Quem se cala
Corta-se com os gritos presos
Em uma fuga em massa
Quem grita
Assusta a paz do sonífero silêncio
Que flutua e vai com o vento
Quem vê
Não enxerga, não ouve
Não sente
Mas julga, centenas de sentenças
Quem ignora
Espera atenção maior do que o ignorado
Quando este já não o está
Quem sofre, sente pena de si mesmo
E culpa terceiros
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