terça-feira, julho 20, 2010

Dança dos Ventos

Chocalham-se verdes folhas douradas
Ao vento frio de solo aguado
E silêncio azul cerúleo de um dia luminoso
Irrompido por pássaros assanhados

Parece que o Inverno é só dessa gaiola
Acinzentando as cores que criei
Agora tão estáticas quanto o tempo
Belo e adormecido na cerração

Para despertar não basta abrir os olhos
Entre o olhar e ver existe uma ponte
Ou um abismo de concepção
É passo de uma dança que não se conhece

A hora é das sombras perpendiculares
Ao encanto do horizonte intátil
Uma saia rodada de muros que me abraçam
E me arrebatam o Sol

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