Faltam os flagelos!
Não tem mais perna
Que queria dar passos
Descalços para cacos do vidro
Indeciso mas afiado
Desafinado desatino
Da dança proposta e perdida
Pelo ritmo do cotidiano.
Força no cabo de guerra
Faz-me falta no motivo
Da corda só espero a forca
No pescoço a ser movido.
Que venham me carregar!
As formigas famintas
Façam-me doce lar
Esparramado, virando amargo
Precoce e talhado.
segunda-feira, outubro 25, 2010
domingo, outubro 17, 2010
Esmola
Culpa como pode ser
O poder a ser querido
Não de bem-querer
Mas de presente merecido
Mimada criança em manha
Por que diabos inventou-se a trama
Do verbo da suposta necessidade
O próprio, como forma de caridade
Ser unidade dividida
Não alimenta qualquer composição
Se espera estar em minhas escritas
O romance fica na contramão
O poder a ser querido
Não de bem-querer
Mas de presente merecido
Mimada criança em manha
Por que diabos inventou-se a trama
Do verbo da suposta necessidade
O próprio, como forma de caridade
Ser unidade dividida
Não alimenta qualquer composição
Se espera estar em minhas escritas
O romance fica na contramão
sexta-feira, outubro 08, 2010
gênero
Somos cobaias da evolução
Sobreviventes desnudos
No breu do que pouco se sabe
Somos filhos da ciência
De laboratórios para sanatórios
Encubados e jogados
Pelos remendos do lar
Não temos remédio
Antibióticos e antiinflamatórios
Alimentam essa espera
Pelo tempo passar
Vivamos um século
Cheio de analgésicos
Para uma história de faz de conta
Sejamos nós a contar
Sobreviventes desnudos
No breu do que pouco se sabe
Somos filhos da ciência
De laboratórios para sanatórios
Encubados e jogados
Pelos remendos do lar
Não temos remédio
Antibióticos e antiinflamatórios
Alimentam essa espera
Pelo tempo passar
Vivamos um século
Cheio de analgésicos
Para uma história de faz de conta
Sejamos nós a contar
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