quarta-feira, janeiro 14, 2009

Abre as asas sobre nós

Antes do amanhecer
Puta é quem comeu
Da fruta
E não era dessa, Eva
Santa e pura
Façamos uma tempestade
Numa colher d’água
A molhar a palha
De uma boneca sem face
Pois se o queixo não bate
Sua pele não se arrepia
Escuta mais não fala
Porque da pele não tem ouvido
O pranto não era o seu
Do mesmo rosto que sorria
Nas mãos em que cabe
Pedindo alforria

Um comentário:

Paulo Tamburro disse...

Só me resta curtir esta inveja declarada,rotunda e sem pejo da sua capacidade de transformar em poesia, as palavras.Quando Obama, no dia da sua posse disse:"Sim nós podemos", esqueceu explicitar algumas evidentes impossibilidades.Pode chamar-me à partir de hoje de: Evidente
impossibilidade".