quarta-feira, julho 14, 2010

Juros

Pontilha em transparente
Cores de cristal numa reta
Concreta abstrata como a contemplação
Do abismo a ser objeto do tempo
Presente antigo nos desfeitos
Que vão se extinguindo
Com o fogo quem vem lambendo
E a água que vem lavando
Se lavando e se lambendo
Como crias cada vez mais limpas
Borrados, porém, em mesclas
Embaralhadas pelo vermelho
Que explode nas últimas veias
Tatuadas de pra sempre
Para que não se esqueça a promessa
Que agora parece mais dívida
Juros!

Um comentário:

Nádia Vitor disse...

Tudo lindo e vibrante por aqui...cristal e fogo...AMEI!!