terça-feira, julho 21, 2009

Alvorada Metálica

[A luz se acendeu
A luz se apagou
Da lua queimada
O sol não raiou]

Lua prenha em brisa plena
Sangrada por raios fartos
Do arcabouço de seus favos
Amarelos sinuosos de receios
De colméia com servos sem sujeito

No cabelo de serpentes cegas
Pela esfera da pequena auréola
Que se espera no corpo descendente
Da maçã presa à espada-de-são-jorge
Numa vitória-régia ascendente

No tijuco profundo da ruína da estrofe
Marcada pelo rubi dos lábios
Na gola emoldurante do alegórico
Enxofre que borra pelos olhos pintados
Negros de fato.

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