domingo, julho 26, 2009

o ombro

Meu ombro deitou-se em rostos
Enfronhados de desgostos
Vestiu-se de afagos
E sorrisos aos punhados

Meu ombro foi um a tantos
De suores a outros prantos
Cobiça, distância por encantos
Esquecimentos pelos cantos

Meu ombro sobreviveu a berros
Foi amigo, foi severo
Abraçou pretextos tolos
E lutou a dar me louros

Meu ombro segue seco
Pelo seu outro que não é de espelho

Procure seu ombro de preço
Seu leito de aconchego

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