Esse vidro está querendo se quebrar
Se esgueirando pela beira
Ansiando por seu fado
Pintado pelo espatifar
Por seu precipício calado
No princípio de que nada há de durar
Diamante é refutação do tempo
Não conhece a gravidade
Que incide sobre os desatentos
A todo tempo derrubando seus quilates
Qualquer carbono se arruína ao palpite
E na dúvida do seu destino,
Qual som morderá o silêncio de possibilidades?
O do vidro a se quebrar?
O do vidro a nos cortar?
Ou o do vidro em outro lugar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário