quinta-feira, outubro 15, 2009

Camafeu Carmim

A água doce gosta de me banhar
Sou leal ao meu tato
Não condeno, não maltrato
O que é feito de sal

Sou de sublimar espuma do mar
Pois nasci fora de lá
No grão de areia de Saquarema
Passo a ser o canto da sereia

Num brado alto rompo o forte
Da psique da Psiquê de Freud
Que o Vento Levou
Para além das Pontes de Madison

Meu pensamento é alado
No meu corpo carrego os pássaros
Pelo ar das crianças
Em seus primeiros passos

Minha ordem é calada
Se sambo é no gênio forte
Pois sou feito raiz de gengibre
Marfim de fera nobre

No balanço do amor que amo
Choro também na música que danço
Pois inflamo como flor em botão
Mas desabrocho com rock no coração

Rancor não me deixa nó
Os que pecam sabem de cor
Se o tempo fecha, desço do morro
Pois não há salto que seja estorvo

Quando o sol raia num jasmim
Coquetel de frutas de tom carmim
Sou o batom vermelho das rosas
Do céu azul que me faz jus em prosa.

4 comentários:

maiblup disse...

Poema pra ela, da Donná, é dela!

Nádia Vitor disse...

rss Lindo o presente...Clarice até elogiou...Obrigada Lady Már.

Anônimo disse...

"..No meu corpo carrego os passáros.." Lindo.

Anônimo disse...

Juro pra você Mai, que estou no trabalho agora, nesse exato momento chorando feito besta!

Como sempre você me emocionando