Fui fragrância de flores para abelhas
Açúcar para formigas e cio para fêmeas
Fui alimento da fome e água do sertão
Para missa fui o sermão
Fui tato para enxergar cores
Mente para o corpo e ar para homens
Fui a idéia de um esboço e combustível para o fogo;
Fui filha de afagos, armadilha para ratos.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Brumas de Ebriez
Quando a noite incerta
Espero ser sólito espectro
Vagar no ermo de faróis
Viver de sensórios da memória
No pábulo de mágoas do agora.
Espero ser sólito espectro
Vagar no ermo de faróis
Viver de sensórios da memória
No pábulo de mágoas do agora.
quarta-feira, setembro 24, 2008
A Prima da Vera
Cheira-flor é uma grande-angular por sua falta de pescoço.
Loucura esquizofrênica entre os bem-me-queres e malmequeres,
Refuta formas lascivas de flores enrustidas
revestidas de pétalas coloridas.
Nega perfeições inexistentes resistentes e persistentes
aos defeitos refeitos por perfeitos bem-feitos.
Urge de luzes e arbustos como vaga-lumes,
Morre antes que o canto da cigarra continue.
Loucura esquizofrênica entre os bem-me-queres e malmequeres,
Refuta formas lascivas de flores enrustidas
revestidas de pétalas coloridas.
Nega perfeições inexistentes resistentes e persistentes
aos defeitos refeitos por perfeitos bem-feitos.
Urge de luzes e arbustos como vaga-lumes,
Morre antes que o canto da cigarra continue.
A Traição de Vênus
Onomatopéias de Marte
No martelar da intimidade
Na Estrela de Fogo espanta-se a abóbada
Brilha chama entre outras miríades mortas
Se briga em tuas lembranças
Abriga-me em teu peito
E deixa-me arder.
No martelar da intimidade
Na Estrela de Fogo espanta-se a abóbada
Brilha chama entre outras miríades mortas
Se briga em tuas lembranças
Abriga-me em teu peito
E deixa-me arder.
domingo, setembro 21, 2008
Memórias da escuridão
Meu demônio é meu egoísmo
Meu silêncio é cheio de ruídos
Meus excessos são herança de receios
Meu tempo são horas de segundo
Meus medos são asfalto sob meus pés
Minha beleza são meus pensamentos
Minha felicidade é minha tristeza
Minha vida são palavras invisíveis
Minha perfeição é vela que me observa
E me derrete.
Meu silêncio é cheio de ruídos
Meus excessos são herança de receios
Meu tempo são horas de segundo
Meus medos são asfalto sob meus pés
Minha beleza são meus pensamentos
Minha felicidade é minha tristeza
Minha vida são palavras invisíveis
Minha perfeição é vela que me observa
E me derrete.
domingo, setembro 14, 2008
Memórias da inexistência
Nada anda sem deixar rastro
Danada desfez-me
À mercê de um bom faro
Das afeições só restei
Cara lavada e ameaça
Das aflições vencidas
Foice à faca!
Dos lugares secou existência
Nem beira nem teto
A engavetar juízo em elos
Aquém ou além do alcançar
Amém: Amei alguém para amar.
Danada desfez-me
À mercê de um bom faro
Das afeições só restei
Cara lavada e ameaça
Das aflições vencidas
Foice à faca!
Dos lugares secou existência
Nem beira nem teto
A engavetar juízo em elos
Aquém ou além do alcançar
Amém: Amei alguém para amar.
quinta-feira, setembro 11, 2008
aphorismu
Meu reflexo é cada espelho
Fulanas saltam de janelas idênticas
E resistem a análises
Ser Deus, meu maior querer
Ler pensamentos sem ditados
Em grandiosa compreensão
Ir ao cerne do sábio subjetivo
Rir ao entender poses enredadas
Subscritas na rejeição alheia
Experimentar pena e chorar dramas
De leigos de sua psique
Aplaudir malfeitores
No grau de egoísmo que invejo
Incorporar-me ao ar e tocar meu templo
Esquecer-me ao vento em aforismos
E dizer que eu não existo.
Fulanas saltam de janelas idênticas
E resistem a análises
Ser Deus, meu maior querer
Ler pensamentos sem ditados
Em grandiosa compreensão
Ir ao cerne do sábio subjetivo
Rir ao entender poses enredadas
Subscritas na rejeição alheia
Experimentar pena e chorar dramas
De leigos de sua psique
Aplaudir malfeitores
No grau de egoísmo que invejo
Incorporar-me ao ar e tocar meu templo
Esquecer-me ao vento em aforismos
E dizer que eu não existo.
quarta-feira, setembro 10, 2008
A Musa
O sábio morreu só
Com seu dó
Com seu nó
O poeta viu tudo
Foi surdo
E nada mudo
O marido foi tolo
Trocou ouro
Por agouro
O cantor era ator
Fingiu o amor
E sentiu a dor
O filho de Édipo
Virou assassino
E fez tipo
A musa eterna
Foi plena e bela
E fez apenas por ela.
Com seu dó
Com seu nó
O poeta viu tudo
Foi surdo
E nada mudo
O marido foi tolo
Trocou ouro
Por agouro
O cantor era ator
Fingiu o amor
E sentiu a dor
O filho de Édipo
Virou assassino
E fez tipo
A musa eterna
Foi plena e bela
E fez apenas por ela.
quinta-feira, setembro 04, 2008
Não vem com essa de tirar minha paz
Não adianta se esconder que eu te acho
Não adianta me envolver que eu desfaço
Não adianta voltar atrás, tirar minha paz.
Não,
Não vem com essa, rapaz
Com esse seu afago
Diacho, diabo, desabo, me acabo
Em boca
Em louça
De trouxa
Me ouça, rapaz!
Não vem com essa de tirar minha paz.
Não adianta me envolver que eu desfaço
Não adianta voltar atrás, tirar minha paz.
Não,
Não vem com essa, rapaz
Com esse seu afago
Diacho, diabo, desabo, me acabo
Em boca
Em louça
De trouxa
Me ouça, rapaz!
Não vem com essa de tirar minha paz.
terça-feira, setembro 02, 2008
Vênus vice-versa
Vésper vadia no vermelho ventre de veludo,
Veste valetes com volutas vincadas de verniz vazado,
Vaga pela vulgar vulva de sua volúpia volátil.
Virginal vacante, violenta com virtudes vigaristas,
Vaidosa pelo vago voto de vingança voraz,
Vaia vulgos vultos com vozes de vidro,
Velada por vesanas vacinas violeta.
Viola viandantes virilhas volúveis
Vociferando volume vivaz de vômito vurmoso,
Vexando veteranas víboras que valsam com valentes,
Vinagres vazios de vinho e vodca,
Viciados na vassalagem do veneno vosso,
Vira-casacas velhacos de velório da veracidade.
Vangloria vil vácuo do vivo vigor,
Veste vôo ao vértice da vazia vertigem da volta .
Vulnera o vário vento da vírgula entre vaga-lumes.
Varre véu vernal a você em vezo e vaga.
Veste valetes com volutas vincadas de verniz vazado,
Vaga pela vulgar vulva de sua volúpia volátil.
Virginal vacante, violenta com virtudes vigaristas,
Vaidosa pelo vago voto de vingança voraz,
Vaia vulgos vultos com vozes de vidro,
Velada por vesanas vacinas violeta.
Viola viandantes virilhas volúveis
Vociferando volume vivaz de vômito vurmoso,
Vexando veteranas víboras que valsam com valentes,
Vinagres vazios de vinho e vodca,
Viciados na vassalagem do veneno vosso,
Vira-casacas velhacos de velório da veracidade.
Vangloria vil vácuo do vivo vigor,
Veste vôo ao vértice da vazia vertigem da volta .
Vulnera o vário vento da vírgula entre vaga-lumes.
Varre véu vernal a você em vezo e vaga.
segunda-feira, setembro 01, 2008
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